Indústria Alimentícia 2020-01-03T12:15:30-03:00

INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA

Imagem de industria alimenticia

As industrias alimentícias apresentam diversos segmentos e a complexidade de tratamento varia de acordo com seu processo industrial. Podemos citar: Bebidas(Refrigerante), Bebidas ( Cervejaria), Pescado, Abatedouro de Aves ,bovinos e/ou suínos e Laticínios.

→ Bebidas (refrigerantes)

Os efluentes das Indústrias Alimentícias são gerados nas lavagens das salas de xaroparia, linhas de enchimento de latas e garrafas, pisos, descartes de produtos retornados do mercado e esgotos sanitários.

Oes efluentes são ricos em açúcar, corantes e outros componentes das bebidas. Os efluentes apresentam tambéms partículas de carvão oriundas da xaroparia e óleos minerais  oriundos de vazamentos das máquinas de processo e das oficinas de manutenção.

O pH dos efluentes depende do tipo de embalagem produzida pela indústria Alimentícia . No caso da utilização de soda cáustica para a lavagem de embalagens retornáveis, o efluente é alcalino, pH até 12, DQO até 1000 mgO2/L. O processo mais usual é constituído por três etapas de tratamento:

  • Preliminar ,Primário,Secundário

→ Bebidas (Cervejaria)

Os efluentes são gerados nas lavagens das salas de fermentação, linhas de enchimento de latas e garrafas,lavagens  de pasteurizadores, lavagens de pisos, descartes de produtos retornados do  mercado e esgotos sanitários dos funcionários.

Os efluentes são ricos em açúcares (malte e cevada) e outros componentes das cervejas. Os efluentes apresentam também partículas de terras diatomáceas oriundas da filtração do most o e óleos minerais oriundos de vazamentos das máquinas de processo e das oficinas de manutenção.

O pH dos efluentes é normalment e levemente ácido ou neutro e a DQO é normalmente 2000 mgO2/L.

O processo mais usual de tratament o desse efluente é constituído de t rês etapas:

Preliminar (remoção de areia, separação de água e óleo, peneiramento e correção do pH);

Secundário por processo misto anaeróbio e aeróbio. A etapa anaeróbia é composta de biodigestão em  duas etapas sendo a primeira constituída por hidrólise ácida e a segunda pela etapa metanogênica.  A eficiência complementar é obtida por processos aeróbios compostos por lagoa aerada  ou lodos ativados.

Secundário simples, pode ser composto som ente de processo aeróbio, no caso os lodos ativados

→ Pescado

Os efluentes são gerados em diversas etapas do processamento do pescado, tais como: recepção do pescado,  condensação  nas câmaras frigoríficas, evisceração, salmoura, acondicionamento em latas, cozimento,  adição do óleo, recravamento das latas, lavagens das latas, autoclavagem e lavagens para resfriamento. Além das águas de lavagens do pescado temos também as lavagens de pisos e equipamentos. São incluídos nos efluentes industr iais os esgotos sanitários dos funcionários.

Os efluentes da Indústria Alimentícia são compostos da  matéria orgânica oriunda do processamento do  pescado, dos produtos utilizados em  limpezas e pelo sal das salmouras descartadas.

Os efluentes apresentam pH próximo ao neutro (6,2-7,0),  a DQO média de 4300 mgO2/L, a DBO 1700 mgO2/L, e os óleos e  graxas superiores a 800 mg/L.

O processo de tr atamento que há mais de 15 anos tem apresentado sucesso no Brasil e que considera inclusive a sazonalidade da pesca é o processo constituído de três etapas:

Preliminar (peneiramento e equalização): remoção de escamas e pedaços de peixes.

Primário (clarificação f ísico-química por adição de coagulantes químicos e cloreto férrico, por flotação):  remoção de óleos emulsionados , e sólidos coloidais.

Secundário (biodigestão) – Remoção a matéria Orgânica dissolvida em reator anaeróbio.

→ Abatedouro de aves

Os efluentes são gerados nas lavagens de pisos e das instalações nas seguintes etapas da produção: área de recebimentos das aves; lavagens das caixas utilizadas no transporte; sala de abate; sala de sangria; escaldamento; depenagem mecanizada; evisceramento; resfr iamento com gelo; embalagem; congelamento; expedição. São gerados efluentes nas lavagens de gases  se houver fabricação de farinhas de aves.

A concentração de matéria orgânica nos efluentes vaia de 1000 a 3700 mgO2/ L em função das quantidades de água utilizadas no processo em relação ao número e peso dos frangos abatidos. É importante saber se o sangue é retirado antes  da lavagem da sala de sangria, pois isto pode reduzir a carga orgânica da indústria.

Os processos largamente utilizados no Brasil são constituídos de até três etapas: preliminar, primária e secundária

Preliminar (peneiramento para remoção de penas e vísceras, separação de gorduras);

Secundário (lagunagem – utilizar uma série de lagoas anaeróbia, facultativa e de aguapé).

No caso de não haver espaço disponível para a implantação de lagoas o processo

preliminar é complementado com o tanque de equalização, seguido de clarificação

físico-química (flotação) e t ratamento biológico por lodos ativados.

Obs.: Recomenda-se o aproveitamento do  sangue, vísceras e penas na fabricação de farinha de aves (ração).

→ Abatedouros de bovinos e/ou suinos

Os efluentes são gerados nas seguintes et apas do processo industrial:

  • Águas de Banho: São as águas utilizadas para lavar e acalmar os animais

antes do abate. Estes efluentes contém pequena quantidade de esterco e

terra.

  • Limpeza de pocilgas e currais: A limpeza de currais é semanal de primeiro

é feita uma raspagem dos sólidos (esterco),  sendo feita após uma lavagem.

Os efluentes contêm esterco e terra.

  • Lavagem da sala da sangria: A lavagem é contínua e a maior parte do sangue e conseqüentemente da carga orgânica é carreada neste ponto.

Deve-se observar que um abatedouro é uma atividade industrial que deve estar localizada de forma a ter uma área disponível para aplicar o processo de lagoas, objetivando-se reduzir os custos totais de operação e inst alação da atividade.

→ Laticínios

Os efluentes industriais dos laticínios são oriundos das diversas etapas de lavagens de pisos e equipamentos que arrastam resíduos de leite e seus derivados incluindo também produtos de limpeza.

A qualidade dos efluentes varia em  função dos produtos industrializados (resfriamento e ensacamento, fabricação de queijos, yogurtes, manteiga, requeijão, leite em pó, et c.), capacidade de produção, “lay-out” industrial, tecnologia utilizada para a higienização das instalações e qualidade do leite utilizado.

A minimização da geração de efluentes pode ser conseguida desde que sejam utilizadas membranas filtrant es com reuso de água e incorporação do rejeito na produção industrial. O t ratamento dos efluentes gerados pode ser  conseguido através de diversos tipos  de processos tais como;

Preliminar (separação de gorduras, utilizando-se caixas de gordura)

Primário: flotação com o  auxílio da coagulação química para a remoção de

gorduras.

Secundário (lodos ativados, biodigestor, ou lagoas).

É fundamental o aproveitamento do soro do leite, que não deve ser descartado para o efluente.

Os efluentes brutos apresentam uma rápida alteração do pH devido à fermentação láctica, o que deve ser considerado em relação aos materiais empregados na execução do sistema de tratamento.

Os efluentes tratados apresentam concentrações inferiores a 10 mg O2/ L em relação a DQO. Isto demonst ra a excelente biodegradabilidade dos efluentes pois na indústria de laticínios  pode-se obter DQO superiores a 7.000 mg O2/ L no efluente bruto.

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